Red Bull aposta em ajustes e mudanças técnicas para alcançar McLaren em 2025
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Red Bull aposta em ajustes e mudanças técnicas para alcançar McLaren em 2025
A vitória de Max Verstappen no Grande Prêmio do Japão 2025 foi fruto de uma combinação de pilotagem brilhante e de um Red Bull que, mesmo não sendo perfeito, se mostrou competitivo em Suzuka.
Leia a matéria original publicada pela The Race
O impressionante desempenho de Verstappen no Q3 e uma corrida impecável foram essenciais para superar os McLaren, considerados o carro mais rápido do fim de semana.
Red Bull: pontos fortes e fraquezas
Embora o RB21 esteja atrás do MCL39 em termos de performance pura, Suzuka expôs suas qualidades. Sem degradação acentuada dos pneus, um problema que afetou a Red Bull na Austrália e China, o time austríaco conseguiu explorar melhor seu pacote.
Andrea Stella, chefe da McLaren, destacou que a nova superfície do circuito impediu que a McLaren tirasse vantagem de seu melhor gerenciamento de pneus. Sem desgaste elevado, o diferencial da McLaren desapareceu, equilibrando a disputa.
O RB21 mostrou força em curvas de baixa velocidade, zonas de tração e sob frenagem — além da habilidade dos pilotos em atacar zebras, algo difícil no RB20 do ano anterior.
Problemas ainda não resolvidos
Apesar do triunfo, Verstappen reconhece que o carro ainda está longe do ideal. Red Bull fez diversas mudanças no acerto entre sexta-feira e sábado para tornar o RB21 pilotável, mas o problema de equilíbrio de meio de curva persiste.
O objetivo de ampliar a janela operacional do carro — fragilidade do RB20 — ainda não foi totalmente alcançado. Segundo Verstappen, apenas 25% dos ajustes desejados foram implementados até agora.
“Sabemos nossas limitações. Precisamos continuar correndo contra essas limitações enquanto trabalhamos para resolvê-las”, afirmou Verstappen.
As dificuldades no equilíbrio de entrada e saída de curvas — alternando entre sobresterço na entrada e subesterço na saída — continuam sendo um desafio para os engenheiros da Red Bull.
Paul Monaghan, engenheiro-chefe da equipe, relativizou as queixas, explicando que todos os carros de F1 são difíceis de pilotar no limite. No entanto, admitiu que a busca por um balanço ideal ainda está em andamento.
A carta escondida: regulamento de asas flexíveis
Mesmo com essas limitações, a Red Bull acredita que poderá reverter a vantagem da McLaren com as mudanças de regulamento previstas para o GP da Espanha.
A FIA implementará restrições sobre asas dianteiras flexíveis, uma área em que McLaren, Mercedes e Ferrari investiram para melhorar a dirigibilidade. A Red Bull, por outro lado, focou menos nesse desenvolvimento.
Christian Horner vê nisso uma possível virada:
“A mudança pode afetar as equipes de maneiras diferentes. Talvez alguns percam mais do que imaginam”, afirmou o chefe da Red Bull.
A equipe de Milton Keynes aposta que a nova regra poderá reduzir o desempenho dos rivais, nivelando o campo de batalha a partir de Barcelona.
A missão da Red Bull
Até lá, o plano é claro: minimizar perdas, buscar pequenas melhorias em cada curva e tentar se manter próximo da McLaren.
"Se conseguimos encontrar centésimos de segundo em cada curva, estaremos no mesmo ritmo que o carro líder", disse Horner.
Red Bull acredita que, ao desbloquear mais potencial do RB21, poderá se colocar definitivamente na luta pelo título mundial de 2025.
Esta matéria foi inspirada com base no conteúdo publicado originalmente no portal The Race.