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Domenicali defende estratégia e alerta F1 sobre riscos futuros

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O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, deu uma entrevista abrangente ao Motorsport.com, abordando os principais desafios atuais e futuros da categoria. De mudanças nos motores e controvérsias técnicas, até o futuro do calendário e a entrada de novas equipes, o dirigente reforçou a importância de uma abordagem estratégica, estabilidade e responsabilidade diante de um cenário global em constante transformação.Fonte da imagem: Motorsport.com

Domenicali defende estratégia e alerta F1 sobre riscos futuros

O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, deu uma entrevista abrangente ao Motorsport.com, abordando os principais desafios atuais e futuros da categoria. De mudanças nos motores e controvérsias técnicas, até o futuro do calendário e a entrada de novas equipes, o dirigente reforçou a importância de uma abordagem estratégica, estabilidade e responsabilidade diante de um cenário global em constante transformação.

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Confiança renovada e foco estratégico

Domenicali comentou sobre sua recente renovação de contrato por mais cinco anos como CEO da F1, destacando a confiança plena recebida da Liberty Media. Segundo ele, essa autonomia permitirá continuar moldando o futuro da categoria. O executivo também celebrou o consenso obtido na renovação do Acordo de Concórdia, marco regulatório e comercial entre as equipes, FIA e Fórmula 1.

No entanto, ele alerta que o momento exige decisões estratégicas, e não reativas. “Temos que ser mais estratégicos e menos táticos”, afirmou, ressaltando que mudanças repentinas em decisões técnicas, como nas regras de motores, poderiam prejudicar equipes que já investiram bilhões no desenvolvimento das unidades de potência de 2026.

Motores de 2026: compromisso com a evolução

Questionado sobre os desafios das novas unidades híbridas, Domenicali defendeu o compromisso com o atual regulamento, mas reconheceu que é necessário melhorar a capacidade de recuperação de desempenho para fabricantes que eventualmente ficarem para trás. “Estamos às vésperas de uma grande mudança regulatória e o sistema precisa permitir recuperação rápida se uma montadora estiver com dificuldades”, disse.

Para ele, o erro seria recuar agora. “Questionar as decisões anteriores seria um enorme erro. Precisamos respeitar quem investiu pesado nesse projeto.”

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Riscos de crise e o papel dos custos

Relembrando o êxodo de montadoras em 2009–2010, o CEO não descarta que uma nova crise econômica global possa afetar o grid. Domenicali defende que a F1 precisa estar preparada para reações rápidas e reforça a importância de reduzir custos e simplificar áreas técnicas que não agregam valor perceptível ao público – como caixas de câmbio com desenvolvimento próprio.

“A Fórmula 1 precisa manter o vínculo técnico com a indústria, mas de forma racional. Sustentabilidade e simplificação são os pilares que vão garantir a permanência das montadoras”, reforçou.

Controvérsias técnicas e apelo esportivo

Domenicali minimizou as recentes polêmicas sobre asas flexíveis, comparando com eras passadas cheias de zonas cinzentas e inovações como difusores duplos e mass dampers. “Na verdade, um pouco mais de polêmica seria até saudável – apimenta o espetáculo”, comentou com bom humor.

Ele também ressaltou que nem toda corrida precisa ser repleta de ultrapassagens para ser intensa, como foi o caso de Suzuka. “Para quem acompanha com atenção os tempos e estratégias, foi uma corrida incrível. Mas precisamos melhorar a forma como comunicamos isso aos fãs casuais”, reconheceu.

Las Vegas e crescimento nos EUA

Sobre o GP de Las Vegas, Domenicali se mostrou confiante. Apesar dos altos custos iniciais e críticas locais, o evento trouxe enorme retorno midiático e comercial, maior até que o Super Bowl em impacto econômico. A partir deste ano, o evento passa a ser gerido diretamente pela F1, com a expectativa de acelerar o retorno financeiro e atrair investidores locais.

Com o sucesso nos EUA, a entrada da Cadillac como 11ª equipe é vista como estratégica. “Ter uma marca de peso como essa ajudará a consolidar o mercado americano e poderá até abrir espaço para mais corridas nos EUA.”

África e limites do calendário

Sobre uma corrida na África, Domenicali explica que ainda faltam três pré-requisitos: infraestrutura adequada, benefícios para a comunidade local e base econômica sólida para manter o evento no longo prazo. “Não estamos parados, mas ainda não é o momento”, disse.

Ele também confirmou que o limite de 24 corridas por temporada será mantido.

Geração atual de pilotos e Hamilton na Ferrari

Por fim, Domenicali exaltou a nova geração de pilotos como uma das melhores da história recente da F1. Destacou a necessidade de protegê-los e citou Hadjar, Lawson e Antonelli como talentos promissores. Sobre Hamilton na Ferrari, disse que o movimento gerou enorme repercussão e ajudou a aumentar a visibilidade da categoria: “Mas é preciso paciência. Leva tempo para os resultados aparecerem.”

Fonte: Motorsport.com – Entrevista com Stefano Domenicali

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