“Vai ser doloroso”: Hamilton se desespera com desempenho da Ferrari em 2025

Lewis Hamilton não escondeu a frustração após um fim de semana sombrio no GP da Arábia Saudita. O heptacampeão mundial, agora piloto da Ferrari, descreveu a corrida em Jeddah como "horrível" e demonstrou pessimismo em relação ao restante da temporada 2025, dizendo que espera mais "dor" pela frente.

O britânico terminou em sétimo, 31 segundos atrás de seu companheiro de equipe Charles Leclerc, que completou o pódio. Esse foi o maior intervalo entre companheiros de equipe que completaram a prova na mesma volta, o que destaca ainda mais a dificuldade enfrentada por Hamilton durante o fim de semana.

"Não houve um segundo sequer em que eu estivesse confortável no carro", disse Hamilton à Sky Sports F1. "A primeira parte da corrida foi marcada por um grande subesterço, o carro não virava. Depois, sofri com degradação e, mesmo com um pequeno ajuste no segundo stint, ainda estava sem ritmo."

Hamilton também destacou que não há um problema claro no carro. "Não tenho uma resposta. Não há algo específico. Simplesmente não sinto o carro sob mim", afirmou, descrevendo o SF-25 como incompatível com seu estilo de pilotagem neste momento.

Comparativo com Leclerc

Hamilton admitiu que Leclerc está extraindo muito mais do carro. "Ele está com esse carro há mais tempo, conhece bem seus limites. Nossos dados não parecem muito diferentes, mas ele consegue fazer as curvas mais rápido."

Mesmo com algumas diferenças de acerto entre os dois, Hamilton não demonstrou confiança de que o problema seja apenas ajuste fino. "A equipe dele claramente está fazendo um trabalho melhor neste momento."

Perspectiva para o resto do ano

Quando questionado sobre a possibilidade de uma temporada inteira de dificuldades, Hamilton foi direto: "Neste momento, não há solução. Então... é assim que vai ser pelo resto do ano. Vai ser doloroso."

Apesar do otimismo inicial em sua mudança da Mercedes para a Ferrari, a realidade atual é de um carro que, segundo Hamilton, é difícil de entender e pilotar. Ele classificou a era de carros com efeito solo como "a pior", e disse que nem pensa no modelo de 2026 ainda: "Espero que mude um pouco. Menos efeito solo seria bom."

A próxima etapa em Miami pode ser mais um capítulo complicado para o britânico, que segue buscando conforto e desempenho dentro de uma Ferrari que, até agora, tem favorecido Leclerc de forma evidente.

Veja mais na matéria do jornal the-race.com.