Volta a volta: como Bortoleto se saiu contra Hülkenberg no Bahrein
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Volta a volta: como Bortoleto se saiu contra Hülkenberg no Bahrein
A estreia de Gabriel Bortoleto em corridas de Fórmula 1 foi uma verdadeira prova de fogo no abrasivo circuito do Bahrein. Correndo com a Sauber, o piloto brasileiro completou a corrida em 19º lugar, depois ajustado para 18º com a desclassificação de seu companheiro Nico Hülkenberg. No entanto, os números contam uma história mais complexa que vale ser analisada com calma.
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Estratégia divergente desde o início
Enquanto Bortoleto largou com pneus médios, a exemplo de Leclerc e Hamilton, Hülkenberg apostou na estratégia mais popular: pneus macios no início, seguido por dois stints com médios. Isso obrigou o alemão a parar cedo, ainda na volta 5, o que lhe rendeu tráfego e desgaste adicional. Bortoleto conseguiu prolongar seu primeiro stint até a volta 13, adotando uma abordagem mais conservadora.
A segunda troca de Gabriel ocorreu na volta 32, com retorno aos pneus médios, enquanto Hülkenberg fez seu último pit stop cinco voltas antes, na 27, mantendo os médios. Curiosamente, o melhor desempenho de Bortoleto veio durante o segundo stint, quando calçava pneus duros e conseguiu, por várias voltas, marcar tempos superiores aos do companheiro com pneus mais rápidos (médios).
Volta a volta: competitividade em alta
Analisando a tabela de tempos das 57 voltas, Bortoleto terminou à frente de Hülkenberg em 23 delas. No primeiro stint, o brasileiro se manteve bastante próximo do companheiro. Durante o segundo stint, com pneus duros, o ritmo de Gabriel foi sólido, chegando a reduzir o gap volta após volta. As voltas 15 a 27 ilustram bem esse momento: em 9 dessas 13 voltas, Bortoleto foi mais rápido, mesmo com compostos teoricamente mais lentos.
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O quadro se inverteu após a segunda parada. Com os dois carros em configuração média, Hülkenberg passou a abrir vantagem constante, tirando de 0s3 a 0s7 por volta nas passagens finais. Aqui entra o ponto destacado pelo Motorsport.com: o desgaste da prancha do assoalho no carro de Hülkenberg pode ter lhe proporcionado um leve ganho aerodinâmico – ainda que o mesmo tenha causado sua desclassificação posteriormente.
Lições e pontos positivos
Mesmo com a experiência limitada e o peso de uma estreia na F1, Gabriel conseguiu manter ritmo competitivo frente a um piloto consolidado como Hülkenberg. Seu stint com pneus duros, em especial, mostrou controle e consistência, demonstrando maturidade de pilotagem.
A estratégia da equipe poderia ter sido ajustada para potencializar essa performance. Um caminho como macio-duro-duro talvez permitisse a Gabriel ser mais agressivo no início e consolidar posição antes do stint final, quando o ritmo caiu com os pneus médios.
Apesar de não ter figurado entre os ponteiros, o brasileiro mostrou que tem material para crescer. Com mais quilometragem, confiança no carro e acertos mais afinados, a expectativa para as próximas corridas é positiva. O duelo com Hülkenberg, mesmo em um fim de semana adverso para a Sauber, foi mais equilibrado do que o resultado bruto sugere.
Conteúdo baseado na matéria original do Motorsport.com.
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